De onde vem os produtos

Os produtos comercializados pela Associação de Produtores Rurais de Carauari – ASPROC têm origem no Território Médio Juruá, nas abrangências do município de Carauari, no estado do Amazonas. Nessa região, os produtores agroextrativistas estão organizados em comunidades ribeirinhas localizadas em 3 áreas protegidas: a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Uacari, a Reserva Extrativista (RESEX) Médio Juruá e a Área de Acordo de Pesca de Carauari (Área do Baixo Médio Juruá).

Agroextrativista é aquele produtor ou produtora rural que concilia a sua produção agrícola com o extrativismo animal e vegetal. No Médio Juruá, a produção agroextrativista se refere principalmente as atividades de roçado, pesca, coleta de açaí, coleta de sementes oleaginosas e extração de borracha.

Por meio da nossa loja virtual, você pode adquirir e consumir parte dessa produção!

Vamos apresentar a seguir os detalhes de cada cadeia envolvida na comercialização desse site.

Pirarucu

Foto: Rodrigo Azevedo
Foto: Bernardo Oliveira

A pesca do pirarucu ocorre por meio da realização do Manejo Sustentável dos Lagos, também conhecido como Manejo Sustentável do Pirarucu. O Manejo do Pirarucu é realizado sob controle do IBAMA e envolve diversas etapas que garantem a proteção territorial, a conservação do recurso natural e a geração de renda para as famílias extrativistas. O Manejo do Pirarucu é uma solução participativa de uso sustentável de recursos pesqueiros, uma vez que, devido a sobrepesca nos anos 70, a espécie quase entrou em extinção. Nesse sentido, no Estado do Amazonas, a pesca do pirarucu só pode ser realizada em casos de aquicultura, pesca recreativa e manejo sustentável.

Especialmente na cadeia do pirarucu de manejo sustentável, a produção da ASPROC tem se ampliado à outras regiões do Amazonas. Isso porque, devido a experiência adquirida nos arranjos comerciais da região do Médio Juruá e pelo destaque nas iniciativas de mobilização social e manejo comunitário do pirarucu, a ASPROC se tornou a coordenadora do arranjo comercial coletivo do pirarucu sustentável com a marca Gosto da Amazônia. Desse modo, a produção do pirarucu Gosto da Amazônia é oriunda da pesca extrativista da região do Médio Juruá, da Resex Rio Unini, Resex Baixo Juruá, RDS Mamirauá, RDS Amanã, TI Deni e TI Paumari no Amazonas.

O arranjo comercial comunitário Gosto da Amazônia também se destaca pelo protagonismo dos povos da floresta no domínio de todos os elos da cadeia. O processo de produção inicia com a organização comunitária, a proteção e captura dos peixes nos lagos das comunidades, passando pelo processamento em unidade de beneficiamento própria da ASPROC em Carauari ou terceirizada, até a comercialização em diferentes mercados locais e nacionais, como restaurantes e distribuidores.

Nesse sentido, a marca Gosto da Amazônia tem o objetivo de fortalecer e divulgar os principais valores defendidos e praticados neste processo: a preservação da natureza, o comércio justo e transparente e o desenvolvimento econômico local e social sustentável.

Saiba mais sobre o Manejo do Pirarucu e a marca Gosto da Amazônia acessando https://gostodaamazonia.com.br/

Farinha

A produção de farinha se dá por meio da atividade agrícola tradicionalmente conhecida como roçado, que consiste no plantio e beneficiamento de mandioca (Manihot esculenta Crantz). Essa atividade econômica ocorre por meio do trabalho árduo de abertura e manejo de áreas para plantio, plantio e colheita das manivas (raízes). Após a colheita, o trabalho continua nas Casas de farinha, onde as manivas são descascadas, raladas e, em seguida, é realizado processo de retirada de água das manivas com o tipiti, ferramenta tradicional de palha trançada.

Desse processo de beneficiamento geral, existem alguns procedimentos específicos para cada tipo de farinha que se quer produzir, seja ela a farinha branca, farinha amarela, farinha d’água e de tapioca.

Foto: Bruno Kelly

Açaí

Fotos: Bruno Kelly

A coleta do açaí é uma atividade extrativista que envolve a escalada de palmeiras Euterpe spp. para a coleta de seus cachos com frutos. O conjunto de palmeiras de açaí são conhecidos como açaizais. Esses açaizais ocorrem naturalmente nas florestas inundadas, como as várzeas e os igapós, e nas florestas de terra firme. No Médio Juruá, a produção do açaí ocorre entre os meses de dezembro a junho. Mas o pico da produção ocorre nos meses de fevereiro, março e abril.

Tradicionalmente, após a coleta é realizada a debulha dos cachos (retirada dos frutos dos cachos) e, em seguida, os frutos são lavados e colocados de molho em água quente para amolecerem. Após esse processo é possível realizar o despolpamento, ou seja, a separação da polpa e da semente e a formação do açaí cremoso que conhecemos.

A ASPROC absorve aproximadamente 80 toneladas de açaí por ano do território. Essa produção é beneficiada e embalada no próprio município de Carauari, em uma indústria parceira (Açaí Tupã).

Mas atenção, açaí não é tudo igual! Ele pode ser classificado em dois tipos:

TIPO A – esse açaí apresenta 14% de sólidos, ou seja, 14% de polpa natural de açaí batido com água.

TIPO B – esse açaí apresenta 12% de sólidos, ou seja, 12% de polpa natural de açaí batido com água.

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